O Grande Debate Eleitoral ou a Batalha dos Slogans?
Ah, as eleições americanas de 2024! Quando você pensa que já viu de tudo, vem mais uma campanha presidencial com a graça e sutileza de um elefante dançando balé. De um lado, temos Donald Trump, que continua surfando na crista da onda do "Make America Great Again", agora reformulado para algo como "Make America Even Greater Than The Last Time I Made It Great." Do outro, Joe Biden, que parece cada vez mais o vovô que todos adoramos, aquele que nos ensina sobre perseverança – e cochilos estratégicos.
O debate entre os dois parece mais um spin-off de um reality show que ninguém pediu. Trump entra no palco com sua costumeira energia de quem acabou de assistir uma maratona de wrestling, enquanto Biden, confuso, olha para o público como quem procura os óculos que já estão em seu rosto. A plateia vibra, afinal, estamos aqui por puro entretenimento – quem se importa com propostas, não é mesmo?
Primeiro Ato: As Polêmicas Em vez de discutir seriamente sobre economia, educação ou relações internacionais, Trump já começa lançando suas frases de efeito. "China está rindo de nós!", grita ele, sem nem se dar ao trabalho de explicar como pretende resolver isso. Ele está tão focado em fazer manchetes, que, por um momento, você até espera que ele termine com um dramático "Você está demitido!" enquanto aponta para Biden.
Biden, por sua vez, responde com aquele sorriso plácido, do tipo “Eu sou o adulto na sala”, mas logo emenda uma piada sobre sua idade. "Olha, eu sei que Trump acha que sou velho demais... mas eu tenho uma coisa que ele não tem: cabelos naturais!" A plateia ri – ou será que é a equipe dele rindo de nervoso? Difícil saber.
Segundo Ato: O Futuro ou o Passado Requentado? Em um momento que seria crucial, o moderador pergunta sobre o futuro do sistema de saúde. Trump sorri como quem vai contar uma piada interna e responde algo como: "Eu tenho o melhor plano, o maior plano, mas não posso falar agora. É um segredo... maravilhoso!" Ninguém entende muito bem o que ele quer dizer, mas quem precisa de clareza quando você tem confiança de sobra?
Biden tenta dar uma resposta mais concreta, falando sobre reformas e fortalecimento do Obamacare. No entanto, seu discurso é interrompido por um ronco do próprio Biden. Será que dormiu no meio da própria fala ou foi apenas uma pausa dramática? O mistério permanece.
Terceiro Ato: Soluções Mágicas Quando questionados sobre a crescente crise ambiental, Trump afirma que tudo será resolvido com "negócios incríveis" e "acordos fabulosos". Já Biden, em um lampejo de inspiração, sugere plantar árvores e incentivar as futuras gerações a "andarem mais de bicicleta". É claro que, neste ponto, o público já está se perguntando se algum deles tem uma solução que não pareça saída de uma campanha de marketing dos anos 80.
Conclusão: O Grande Plot Twist E quando você acha que o debate chegou ao seu clímax, Trump lança a bomba: "Se for eleito, farei uma parceria com Elon Musk para colonizar Marte e criar uma nova América lá!" O público aplaude – afinal, quem não gostaria de um futuro sem trânsito e com Wi-Fi interplanetário? Biden, por outro lado, tenta trazer o foco de volta à Terra, mas a essa altura todos já estão imaginando uma nova corrida espacial, com reality shows transmitidos direto do espaço.
E assim seguimos, com as eleições americanas de 2024 nos oferecendo um espetáculo digno de um blockbuster hollywoodiano. No fim, a política, que deveria ser um campo de ideias e soluções, se transforma numa arena de slogans, piadas ensaiadas e promessas que parecem tão reais quanto as falas dos candidatos de um reality show. Graciliano Tolentino
Enviado por Graciliano Tolentino em 10/10/2024
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