O Romance com Dona Etecetera...
- crônica do dia 01-11-2018-
- Oi, manda seu “msn”. Escrevi em um scrap no Orkut na página dela. Pouco tempo depois, acho que no dia seguinte, apareceu lá li********es@hotmail.com. Não perdi tempo! A adicionei de pronto e começamos a conversar! A gente tinha passado o ensino médio junto. Eu adorava ouvi-la! Agora eu estava longe, mas, por algum motivo, parecia mais próximo que nunca. Existem benefícios que a distância, das pessoas, que amamos, nos traz. E, acho, que o principal deles é a percepção do quanto gostamos da presença delas. Quando a adicionei no Messenger, percebi que ela não utilizava o seu nome, na identificação, e sim um grupinho de reticências. “...” Era essa a identificação. Eu achei muito massa! Porque as reticências têm uma pegada de coisa que ficou por se dizer, “E aquela conversa, que não terminamos ontem, ficou pra hoje...”. Viu? Que coisa agradável? Como quem quer dizer: “Sou eu mesma, mas, também, sou algo mais, sou O ALGO QUE EU QUISER SER!”. Então passei a chama-la de “Dona Etecetera”! Era meu jeito carinhoso de dizer pra ela o quanto eu era apaixonado por esse lance de se redescobrir. Eu estava fazendo isso, em Alagoas, e, conhecendo minha cultura materna. Uma das primeiras coisas pelas quais me apaixonei, foi pela cultura nordestina, e passávamos horas do dia conversando no msn. Todas as vezes que eu estava desocupado no trabalho, ou não estava estudando, estava na presença distante dela. Um jeito sensível... Delicado... Apaixonante! Que garota agradável! Que coisa formidável! Aparelho nos dentes e a pele tomada por acnes... Que eu achava tão bonitinho! - Você é um garoto assustador! Ela me falou em uma das conversas a respeito de romance. - Mas é só a aparência, minha linda! Depois que você me conhecer... Eu quero ver você dizer que eu sou ruim! - Ahhh tá! Respondeu ela colocando um “rsrsrs” e um EMOTICON (Que era o antigo EMOJI), de riso forte. E na sequência mandei a música com o mesmo título pra ela. Uma música do Alceu Valença. Ela ouviu e disse: - Nossa! Que música gostosa, da vontade de sair dançando! Até hoje, ainda sonho com essa dança...
Graciliano Tolentino
Enviado por Graciliano Tolentino em 01/11/2018
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