Cordel ao Catita (Feliz Aniversário, Mano!)
Neste dia especial
Venho fazer homenagem De dúvida, sem margem A um ser angelical Que nunca vi fazer o mal Nem sequer por sacanagem Mais que um bom amigo O irmão que eu não tive E quando, com ele, estive Nunca me senti oprimido Sempre com o peito preenchido Do mais puro amor que vive Talvez tão poucas vezes Pude lhe dizer com palavras De sua tamanha importância Que não se joga às favas Que com certeza clamava Sua real relevância Desde os tempos de menino Jogando bola no campinho Em frente ao bar do Severino Onde a gente jogava bolinha Me ensinou a fazer “jerequinha” Pra empinar no sol a pino E nunca ficou no marasmo Aquela nossa amizade E hoje eu me lembro e pasmo Como aquilo era verdade! De viver a mocidade Com tamanho entusiasmo Estudamos juntos ocultismo Claro que escondido do povo Era muito fanatismo Que impediria de novo Este desejo que movo De entender o espiritismo E sempre estávamos escrevendo Tu, Claudinei e eu E sentimentos compreendendo O que muito em nós doeu De paixões que pra viver não deu E nós três sempre sofrendo! Pode ser na capoeira, Em terreiro de macumba Comendo pastel de feira Em dia de segunda Naquela barraca imunda E a gente sem eira e sem beira Antes do Festival de Inverno Na cidade de Água Branca Aquele paraíso eterno Que a gente ficou feito criança Em total confiança Neste pleno amor fraterno Lhe digo ainda com saudade Dos tempos da capoeira A gente com liberdade Fazendo uma zoeira Numa roda de saideira Num bairro nobre da cidade Em frente ao Rotary club Que foi tu que apresentou E me disse: Lá estude! Foi lá que a gente estudou E foi o lugar que me apresentou Tudo que conhecer eu pude Ainda tocamos juntos violão Te ensinei algumas músicas Você me ensinou percussão De formas muito lúdicas E até na vida pública Você me apoiou como irmão Não sei como retribuir Todo este grande bem Ao me ajudar a deglutir A lei da atração, também! Pra eu deixar de ser refém Deste mundo a nos ferir Deixo a você este Cordel Que é o que hoje lhe posso dar Não é tão lindo como o céu Nem tão bom como te abraçar Porque é difícil lhe homenagear Por qualquer caneta ou pincel... Feliz Aniversário MANO! Motumbá! Graciliano Tolentino 03-07-2018
Graciliano Tolentino
Enviado por Graciliano Tolentino em 03/07/2018
|