Matando a Sede de Minha Boca...
No intuito de uma improvável certeza
Como quem surge num momento exato Pacato, distante da "surrealeza" do fato Não mais tranqüilo que a tua beleza Mas, simples, como a leveza dos olhos Como o andar preguiçoso e a fala calma Ou as mãos suaves, seus dedos e suas palmas Que me arremessam ao abismo do encanto Me fazem mais puro e assim mesmo profano Ao padecer momentâneo que o seja portanto Pra somar o teu eu ao que nunca existiu em mim E te transformar mais eu e te ser como nunca fui Matando a sede de minha boca com a tua luz E lhe saciar o que há de fome com meu sangue ruim... Graciliano Tolentino 26-08-2011
Graciliano Tolentino
Enviado por Graciliano Tolentino em 26/08/2011
Alterado em 07/07/2018 |